Perco grande parte da vida me preocupando com bobagens. Estranho
descobrir que tanto tempo foi perdido num medo baseado em fatos que já
se foram e não têm que gerar emoções repetidas. Prisão baseada na
expectativa de um passado reprisado? Bobagem! Sentimentos e emoções não
ficam guardados em estoque, nascem em todos os segundos da vida,
inesperados e desconhecidos. Pensando bem, eu não tenho medo do
desconhecido, nunca tive, não muito. Meu medo é sempre de algo
recorrente. Ah, e morro de medo do tédio. Tédio de não ser útil para a
minha vida, de ser qualquer coisa que adormeceu representando um papel
que criaram para mim, qualquer coisa meio morta que vai se ajustando de
acordo com desejos que em nada são meus, são estranhos, exteriores, e não significam nada. Morro de medo de não ser nada além de um reflexo.
Um comentário:
Achei esse texto a minha cara, um pedaço dele, mais especificamente. Adorei!! É velho, mas não tinha lido ainda rsrsrs e aliás todos estão ótimos, só comentei nesse pq realmente me identifiquei muito com algumas coisas que tenho pensado ultimamente rs.
Amo vc!
Natássia
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